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O Ministério da Saúde e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) chegaram a acordo em relação às taxas de transporte de doentes, que passaram de 48 para 51 cêntimos por quilómetro.

De acordo com Jaime Soares, presidente da LBP, este era um acordo que já deveria ter acontecido, pois “o preço do quilómetro já não era revisto quase há quatro anos, quando subiu de 47 para 48 cêntimos, e desde essa data, os derivados do petróleo aumentaram cerca de 65%.”

Jaime Soares, apesar de se congratular com este acordo realça algumas injustiças quanto ao pagamento de combustíveis: “não entendo porque é que os bombeiros têm que pagar o combustível ao preço do cidadão comum… é inaceitável quando há, por exemplo, atividades agrícolas com petróleo verde a custos baixíssimos, e quando se trata de olhar pela vida e defesa dos cidadãos, não se tem nenhuma análise que permita enquadrar esta reivindicação, que já temos vindo a fazer ao longo dos anos.”

Outra “luta” da LBP é a falta de equidade em relação ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que, de acordo com Jaime Soares, será “uma nova etapa nas discussões da Liga dos Bombeiros Portugueses”. A maior reivindicação tem a ver com os orçamentos dispensados para as duas instituições: “Todas as ambulâncias do INEM que estão nas corporações de bombeiros, cerca de 280, custam menos que as 60 que são geridas à responsabilidade do INEM”.

Em resposta ao secretário de estado da administração interna, que referiu o avanço de uma verba a cerca de 100 corporações mais fustigadas pelos incêndios, Jaime Soares contesta: “o que fizeram foi antecipar dinheiro que já é nosso, e agora têm que o repor… portanto, não dão nada, absolutamente nada aos bombeiros… agarram no dinheiro dos bombeiros e adiantam-no.”

Jaime Soares presidente da LBP esteve em Pedrógão Grande na inauguração de um monumento em homenagem aos bombeiros locais, numa iniciativa do município.


fonte: Rádio Condestável