Viveram-se momentos de grande aflição, ontem de manhã, em Viana do Castelo, quando uma conduta de gás rebentou, obrigando à retirada de 30 crianças do Jardim-de-Infância Nossa Senhora de Fátima. Apesar de ter sido garantida a segurança do edifício, os pais optaram por retirar os filhos do infantário.
"Fiquei bastante assustada quando me ligaram e corri logo para o jardim para ir buscar o meu filho", contou ao Correio da Manhã, ainda em sobressalto, Raquel Monteiro, mãe de um menino de cinco anos.
Tal como Raquel, a maioria dos pais optou por retirar os filhos logo após o incidente, apesar de os Bombeiros Municipais de Viana terem garantido a segurança do edifício.
A fuga registou-se poucos minutos antes das 11h00, na rua Campos Monteiro, em pleno centro da cidade minhota. Segundo fonte dos bombeiros vianenses, o rebentamento da conduta terá acontecido quando uma máquina retroescavadora, que procedia a obras na via pública, abriu um buraco numa conduta de gás natural canalizado.
Um intenso cheiro a gás propagou-se, rapidamente, por toda a zona, chegando ao jardim-de-infância, que funciona no rés-do-chão de um prédio, a poucos metros de distância do local da obra.
"Bateram à porta para nos avisarem do incidente e começámos logo a sentir um forte cheiro a gás", relatou ao CM a coordenadora da instituição, Gabriela Laranjo. O espaço teve de ser arejado durante várias horas.
A educadora optou, de imediato, por retirar todas as crian-ças que tinha a seu cargo para o parque infantil, nas traseiras do edifício, e avisou os pais sobre o que estava a acontecer.
"Ligámos aos pais a contar o que tinha acontecido e a maior parte deles correu logo para cá a apanhar os meninos, como é natural", referiu a responsável da instituição. O local foi isolado pela PSP, por razões de segurança, e a fuga de gás acabaria por ser travada cerca das 11h30, após intervenção dos técnicos da empresa fornecedora.
"CORREU TUDO SEM SOBRESSALTOS E DENTRO DO NORMAL"
O presidente da instituição à qual pertence o Jardim-de-Infância Nossa Senhora de Fátima garantiu ao CM que "tudo correu sem sobressaltos e dentro do normal".
O padre Artur Coutinho vincou que a situação nada teve que ver com a instituição. "Tudo aconteceu na rua. Achamos por bem retirar as crianças e fomos aconselhados a arejar o espaço durante a tarde", sublinhou.
As portas do infantário estiveram fechadas durante várias horas, embora as janelas se tenham mantido abertas para renovar o ar.
por Fátima Vilaça
fonte: CM