No dia em que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso celebrou o seu 107.º aniversário, Marinho Gomes, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Braga, alertou para o facto de existirem corporações de bombeiros em situação de “quase falta de liquidez”.
Os cortes existentes nos vários sectores, nomeadamente no sector da saúde, têm contribuído para o agravar da situação financeira de muitas corporações de bombeiros.
“Há muitos anos que andamos a pedir o financiamento das associações e dos corpos dos Bombeiros. Se não fossem as câmaras municipais e muitos mecenas, a maioria das associações e corpos de bombeiros já tinham parado”, alertou Marinho Gomes.
A regulamentação do financiamento das associações de bombeiros foi o pedido deixado por aquele responsável da Federação distrital.
Apesar da boa situação financeira, a recente redução do serviço de transporte de doentes afectará, também, as receitas dos soldado
s da paz povoenses, conforme destacou, na tarde de ontem, o padre Luís Peixoto, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
O dirigente mostrou-se preocupado com esta quebra de receitas, afirmando que este problema “pode toldar o sol radioso que tem pairado sobre a associação”.
No dia de aniversário, os bombeiros povoenses procederam à bênção de uma nova viatura ligeira de combate a incêndios, mais uma vez fruto do esforço conjunto da Direcção, Comando, corpo activo, sócios e benfeitores.
A corporação recebeu, já este ano, a viatura de desencarceramento, cumprindo-se a promessa feita pela Administração Central há vários anos e satisfazendo uma das necessidades.
O dia de festa ficou marcado, entre outros momentos, pela atribuição de condecorações e pela mudança de classe de alguns elementos da corporação.
Com cerca de 80 elementos no corpo activo, os Bombeiros da Póvoa de Lanhoso contam, ainda, com 46 infantes e 28 estagiários.