Se na ficção científica muitos veem os robôs como uma ameaça ao futuro do Homem, atualmente existem equipas de investigadores que estão apostadas em transformar as máquinas numa mais valia para a segurança do homem, mesmo em situações de risco.
A Agência Espacial Europeia (ESA) e a start-up alemã progenoX GmbH estão a desenvolver um robô não tripulado que vai servir como elemento de apoio em situações de catástrofe e emergência. Denominado como UGV, o veículo está equipado com vários tipos de sensores que ajudam a determinar a gravidade de uma situação e as condições do terreno para que equipas humanas possam atuar.
Situações como grandes incêndios ou derrames de produtos tóxicos, e que representam um risco de segurança mesmo para as equipas de salvamento, são os cenários ideias de atuação do robô desenvolvido ao abrigo do programa de apoio e Centro de Incubação Empresarial da ESA.
Em
comunicado a Agência Espacial Europeia refere a utilidade que o UGV pode ter para equipas médicas, bombeiros e polícias. A primeira unidade, a que se pode ver na imagem, já foi testada numa escola de treino na Alemanha e no espaço de um ano deve entrar em modo pré-operação.
O equipamento é controlado à distância e permite fazer uma triagem do cenário onde as forças de segurança vão atuar. Os dados recolhidos são transmitidos por frequências radiofónicas para as centrais de controlo. A durabilidade e os modelos de comunicação do veículo estão a ser trabalhados por especialistas em atividades espaciais.
Do "espaço" também podem vir tecnologias que melhorem a robustez do robô, sobretudo em situações de grandes temperaturas. A agência espacial alemã está a trabalhar com a progenoX GmbH neste sentido.
Estes aspetos são relevantes no desenvolvimento do projeto para que não tenha o mesmo destino de outros trabalhos.
O Japão é um dos países que também tem uma forte componente robótica aplicada a situações de risco. No desastre da central nuclear de Fukushima chegaram a ser usados alguns robôs para aceder à área. Quince, um projeto de seis milhões de dólares, acabou por ficar "perdido" na área devastada depois de ter perdido contacto com a equipa de controlo.
por TeK