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diariobombeiro



Terça-feira, 13.03.12

Guerra aos fogos de Verão vai custar 70 milhões

Os incêndios florestais vão ser combatidos na fase mais crítica deste Verão por 9327 bombeiros (9210 em 2011) apoiados por um total de 1987 viaturas (1945 no ano passado) e 44 meios aéreos (mais três que em 2011).

José Coelho/Lusa
O número de meios e de pessoal – ligeiramente superiores ao do ano passado – foi considerado por Vítor Vaz Pinto, comandante nacional da Protecção Civil (ANPC), como o "mais adequado". O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF 2012) foi ontem apresentado, em Carnaxide, Oeiras.

A estimativa de gastos directos por parte da Protecção Civil será na ordem dos 70,2 milhões de euros, com a grande fatia da verba (45 milhões de euros) destinada aos meios aéreos.

Já os gastos com o pessoal serão na ordem dos 17 milhões, enquanto para os combustíveis estão reservados 1,7 milhões de euros e para as despesas extraordinárias mais 6,5 milhões de euros. Ainda assim, o número de meios apresentado poderá ainda sofrer alterações.

"Mesmo com a actual situação do País, conseguimos um pequeno reforço do dispositivo, que não exclui outro tipo de medidas, que poderão ser ponderadas através da análise operacional feita pela Autoridade Nacional ", disse o secretário de Estado da Protecção Civil, Filipe Lobo d’Ávila. O responsável governamental admite mesmo que possam ser tomadas "medidas excepcionais".

Filipe Lobo d’Ávila afirmou ainda que as verbas disponíveis pouco variam relativamente ao ano passado, realçando mesmo o esforço já feito pelo Governo, devido ao número atípico de incêndios registados no início deste ano, e anunciado pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. "A propósito desta sobrecarga de incêndios nos dois primeiros meses do ano, o Governo já determinou a antecipação de cerca de 400 mil euros em verbas destinadas a 100 corpos de bombeiros, situados em concelhos sujeitos a grande pressão, nomeadamente no que diz respeito ao número de ocorrências", disse o governante.

TEMPO QUENTE MANTÉM-SE. CHUVA SÓ QUINTA-FEIRA

Segundo o Instituto de Meteorologia, o tempo quente e seco vai manter-se até amanhã, mas está prevista para quinta e sexta-feira a ocorrência de aguaceiros. No fim-de-semana, o calor deverá regressar. Como tal, segundo a Protecção Civil, o risco de incêndios florestais tende a atingir valores superiores ao que é normal para esta altura do ano.

DISCURSO DIRECTO

"APOSTA É PREVENIR", Fernando Curto, Ass. Nac. Bomb. Profissionais

Correio da Manhã – Os meios apresentados são suficientes?

Fernando Curto – Penso que sim, e os meios humanos vão ser mais bem utilizados e a força especial de bombeiros também vai ter maior autonomia e mobilidade.

– O investimento pouco varia relativamente a 2011.

– Tem havido um grande investimento nos bombeiros. Só acho que se podia apostar muito mais na prevenção.

– É a grande falha?

– Penso que sim. Devia haver uma maior aposta por partes dos responsáveis na prevenção, que envolvesse autoridades, municípios e população.

CHAMAS LAVRARAM EM DUAS ZONAS DO NORTE DURANTE TODO O DIA

A Autoridade Nacional de Protecção Civil registou durante o dia de ontem dois incêndios activos no Norte: um em Amarante e o outro no Parque Nacional da Peneda-Gerês. No total, os dois fogos foram combatidos por 38 bombeiros e 12 viaturas.

O incêndio no Parque Natural Peneda-Gerês foi o que mais preocupação causou aos bombeiros. As chamas tinham tido início na tarde de domingo, tendo reacendido de madrugada.

O Parque Natural da Peneda--Gerês é uma das zonas mais complicadas para as corporações, uma vez que os acessos são muito complicados.

Ambos os incêndios foram dados como extintos ao final da tarde de ontem.

NEGLIGÊNCIA QUEIMA VISEU

Desde o início do ano, a GNR identificou 54 pessoas em Viseu suspeitas da autoria de incêndios e que, por negligência, atearam muitos dos 920 fogos que lavraram na região. Só no passado fim-de-semana, foram identificados três homens, de 46, 58 e 63 anos, responsáveis por queimadas que se descontrolaram. Na Guarda, a acção negligente de um homem de 46 anos resultou na destruição de seis hectares de pinhal.

MIGUEL MACEDO CRITICADO

Os técnicos de segurança e protecção civil criticaram ontem o ministro da Administração Interna pela concentração de meios de combate a incêndios nos três meses de Verão. Defendem a criação de um dispositivo de primeira intervenção, sediado em locais geoestratégicos e que tenha uma resposta pronta nos meses menos quentes.

Fonte: CM

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por Diário de um Bombeiro às 02:04



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