Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

diariobombeiro



Domingo, 27.11.11

Três Dezenas de Bombeiros de Pombal em Greve pelo Acordo Empresa

Um grupo de três dezenas de bombeiros profissionais da corporação de Pombal estiveram em greve, desde as 20 horas de quinta-feira e as 8 de sexta-feira, para reivindicar o cumprimento do Acordo Empresa. Um documento que a Associação Humanitária assinou em março com o respetivo Sindicato.

Segundo um dos bombeiros, que pediu anonimato, aquela paralisação, sem prejuízo da prestação dos serviços mínimos, surgiu no âmbito do apelo feito pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais. Uma organização que contesta a redução de salários, o congelamento de carreiras, o não pagamento do horário extraordinário, do descanso compensatório.

Quanto aos bombeiros voluntários, o Sindicato refere que «a não negociação coletiva de acordos de empresa por parte de alguns corpos de bombeiros para a criação de uma carreira para os bombeiros que trabalham nas associações humanitárias é também um dos pontos de desagrado que justificam a adesão à greve».

Os bombeiros grevistas de Pombal referem que apesar do Acordo Coletivo de Trabalho ter sido assinado no início de março, o mesmo ainda não começou a ser cumprido. Dão como exemplo a falta do aumento de 25 por cento do subsídio de turno, a existência de um seguro que garanta o vencimento do trabalhador na totalidade em caso de doença, o banco de horas, e o pagamento de retroativos desde janeiro, entre outros aspetos.

Por sua vez, o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários afirma que o Acordo Empresa «está a ser aplicado em todas as suas vertentes».

Rodrigues Marques refere que a instituição tem mantido os salários dos 40 funcionários e está a ponderar para 2012 se irá «aumentar ou manter» dependendo dos resultados económicos. «Inclusivamente já pagámos o subsídio de Natal de 2011 a alguns empregados da associação e, este mês, vamos pagar aos que faltam», acrescenta, adiantando que «até agora não despedimos ninguém».

O dirigente refere, ainda, que «tínhamos duas escalas e desde setembro só temos uma onde estão vertidas as carreiras dos bombeiros e que não foi contestada».

Quanto ao facto de três dezenas de bombeiros terem feito greve, Rodrigues Marques pensa que «fizeram passar a mensagem de que estavam em greve, em solidariedade para com os bombeiros que não estão integrados» e que «a não ser assim como é que era possível só com dez bombeiros fazermos, no período de greve, nove serviços de socorro pré-hospitalar, sete serviços de consultas, oito transferências inter-hospitalares, serviços que são o normal para um dia normal».

«A nossa Equipa de Intervenção Permanente, composta por cinco bombeiros, só não atuou por não se terem verificado sinistros», adianta, referindo que «tanto assim é que vamos pagar o ordenado do dia da greve geral» até porque «se tivessem feito greve não pagávamos o dia, como decorre da Lei».

Rodrigues Marques aproveita para citar o comunicado do Sindicato dos Bombeiros, no qual refere que as associações humanitárias de bombeiros voluntários «vivem momentos difíceis, e, atendendo ao decréscimo de serviços efetuados, correm o risco de, a médio prazo, terem que despedir bombeiros profissionais ficando o socorro em causa».
 
 
fonte: Noticias do Centro

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Diário de um Bombeiro às 12:14



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Novembro 2011

D S T Q Q S S
12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
27282930




Tags

mais tags