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As corporações de bombeiros viram o número de serviços reduzido quase na sua totalidade |
As corporações de bombeiros ameaçam partir para o despedimento dos funcionários caso não seja revogado o despacho que permite os cortes nas credenciais para o transporte dos doentes que ganhem mais do que o salário mínimo. Há associações, como as de Montemor-o-Novo e Portel, que viram o número de serviços diários baixar de 15 para um.
"Estamos a viver uma situação insustentável. Se a medida não for alterada ficamos sem soluções e teremos que partir para o despedimento de bombeiros e para a venda de ambulâncias", frisou ao CM João Coelho, comandante dos bombeiros de Montemor. O responsável lembra que nos últimos anos foi contratado pessoal e adquiridas novas viaturas, para fazer face às necessidade dos doentes. "Agora, está tudo parado".
Situação dramática vive também a associação de bombeiros de Portel. Conta com um quadro de 22 funcionários. "Se isto continuar assim durante mais um mês, não me resta alternativa senão despedir as pessoas e fechar as portas", refere o comandante, José Campaniço.
A Liga dos Bombeiros Portugueses reuniu-se ontem com a ministra da Saúde, Ana Jorge, para discutir a regulamentação do transporte de doentes. O Ministério reconhece "a importância dos bombeiros no transporte de doentes não urgentes". A negociação prossegue 2ª-feira.
in: CM