As medidas de austeridade anunciadas pelo Governo ainda antes do final do ano, estão já neste primeiro mês do novo ano a provocar efeitos negativos mesmo nas associações humanitárias de voluntários.O alerta foi dado no último sábado pelo presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas, padre José das Neves, na cerimónia da tomada de posse para mais um mandato, o sétimo, para o qual foi reconduzido nas eleições realizadas no passado dia 18 de Dezembro.
Na sua intervenção, o dirigente considerou que o corte imposto pelo Governo ao transporte de doentes, traduz-se num rude golpe para a sobrevivência da associação que dirige. Isto porque unilateralmente “rasgaram-se os contratos de apoio ao transporte de doentes o que significa falta de receitas”, sustentou.
No seu alerta, o padre José das Neves pôs em cima da mesa a possibilidade de a instituição “ser forçada a despedir motoristas e maqueiros”. É que, os contratos assinados entre aquela associação humanitária e o Ministério da Saúde, que constituíam a principal fonte de receita “foram pura e simplesmente ignorados sem que alguém fosse ouvido”, sublinhou o presidente dos bombeiros voluntários das Taipas, para quem esta atitude governamental deixa “eminente o colapso de muitas instituições como a nossa”.
in: NoticiasGuimarães