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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, queria ter entrado no quartel do regimento de Chelas dos Bombeiros Sapadores de Lisboa para cumprimentar os trabalhadores, mas não conseguiu.

 

As chefias dos bombeiros disseram ter recebido ordens da Câmara de Lisboa para não deixar entrar no edifício nem sindicalistas, nem jornalistas, naquela que foi a primeira visita da delegação da Intersindical às empresas e entidades que vão estar em greve na quinta-feira.

“Não há autorização para estar cá dentro – tem de ser do lado de fora do quartel”, afirmou uma chefia ao líder sindical.

Arménio Carlos retirou-se de imediato, ficando à porta a falar com os bombeiros. Coube ao sindicalista Libério Domingues explicar que se tratava de um procedimento pouco normal aquele de que tinham sido alvo.

De braços cruzados à porta do quartel, Arménio Carlos declarou: “A Câmara de Lisboa não ganha nada com este tipo de atitudes, que são mais uma medida de retaliação por causa dos protestos dos bombeiros relativamente às suas condições de trabalho. Mas isso [não deixar entrar os sindicalistas] não nos incomoda, não nos perturba”.

A greve geral desta quinta-feira arranca oficialmente às 0h. Até lá, a delegação da CGTP, sindical que desta vez avançou para a paralisação sem a UGT, vai ainda passar pela unidade de recolha de resíduos sólidos dos Olivais, pela estação do Rossio. À meia-noite, Arménio Carlos estará com os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, na rua Sidónio Pais.