A vítima mortal da derrocada de uma barreira de terra em Évora ficou "trancada entre pedras grandes" na vala em que trabalhava, a qual se encheu de água depois devido à rotura de uma conduta, revelaram os bombeiros.
"Quando chegámos, a vala estava cheia de água porque havia uma rotura num dos tubos que passava aqui dentro da vala e a vítima não se via, estava tapada de água", explicou o comandante da corporação de Bombeiros de Évora, Rogério Santos.
Segundo o mesmo responsável, a primeira operação no terreno "foi logo retirar toda a água", mas foi constatado que o trabalhador soterrado estava "trancado entre pedras grandes". "Aquilo [barreira de terra] caiu. Os trabalhadores estavam a fixar e a compactar toda aquela zona da parede e houve uma derrocada", disse. Com recurso a uma máquina retroescavadora que se encontrava no local da obra, apesar de uma operação "muito difícil", foi possível remover as pedras e retirar o homem, já cadáver.
Na altura da derrocada da terra, encontravam-se na vala outros trabalhadores, mas conseguiram escapar, um deles sofrendo ferimentos ligeiros, ao ser atingido por uma pedra. "Ele [vítima mortal] devia estar mais fundo na vala e não conseguiu sair. Os colegas ainda tentaram ajudá-lo, mas não conseguiram", acrescentou Rogério Santos. O comandante dos Bombeiros de Évora não soube precisar a idade do trabalhador que morreu, mas frisou que "era um homem novo", na casa dos "25 a 30 anos".
O desabamento aconteceu cerca das 17:00, nas obras de construção do Colégio Fundação Alentejo, mesmo ao lado da Arena d'Évora, tendo a vítima mortal sido retirada por volta das 19:15. O homem, de 32 anos, que sofreu ferimentos ligeiros neste acidente foi transportado para o Hospital de Évora para observação, mas fonte hospitalar confirmou à Lusa que está "estável" e apenas apresenta "dores".
fonte: DN