O secretário de Estado das Florestas revelou, esta segunda-feira (4), em Góis que um quinto da floresta nacional – 2 milhões de hectares – se encontra ao abandono. Rui Barreiro participou em diversas iniciativas organizadas pela câmara de Góis ,ao longo de todo o dia, no âmbito do Ano Internacional da Floresta.
No seu discurso durante a atribuição da medalha de mérito do concelho à Associação Florestal de Góis (AFG), o membro do Governo lembrou que o sector da floresta já é o terceiro exportador do país, “tendo ultrapassado os têxteis”, frisou.
Adiantando ainda que, para este ano, foram aprovados projetos no valor de 30 milhões de euros para a prevenção de fogos florestais. Sobre os críticos que acusam o Governo de “não se preocupar com a floresta, estes números demonstram o contrário”, assegura.
O governante participou também numa ação de fogo controlado na Serra do Açor, tendo sublinhado que apesar de durante os próximos dois meses o país estar em “standby” não é possível “inviabilizar a prevenção”.
A presidente da câmara de Góis afirmou que o concelho tem uma área de 75 por cento de floresta, cerca de 26 mil hectares. Lurdes Castanheira realçou o papel importante para a preservação da floresta que a AFG tem tido nos últimos dez anos e que “é de toda a justiça ser-lhe atribuída a medalha do concelho”.
Por seu lado, o presidente da direção da AFG apelou ao secretário de estado para que as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) da região Centro serem tratadas de “igual maneira às do Alentejo”.
Para Manuel Antão as ZIF são “o único modelo para preservar a nossa floresta”, sendo igualmente essencial que a legislação para o seu funcionamento seja “elástica” e se “adapte às realidades das regiões”.
por Paulo Leitão
fonte: asBeiras