Os Bombeiros Voluntários de Coimbra e de Brasfemes vão, afinal, acabar o ano de 2010 com vinte mil euros a mais para fazerem face aos seus problemas de tesouraria. Depois dos presidentes das respectivas associações humanitárias terem confirmado, há dias, ao Diário de Coimbra, ainda não terem recebido a segunda metade do subsídio da autarquia, a Câmara de Coimbra decidiu «fazer um esforço financeiro» e transferir a verba que faltava para as duas instituições.
Uma prenda de Natal considerada «fundamental» para a vida financeira das duas associações, como confessou João Silva, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra que se congratulou com o facto de o presidente da autarquia se ter sensibilizado com a situação financeira dos bombeiros e ter autorizado a transferência dos 20 mil euros que faltavam a cada associação.
«Felizmente foi tudo resolvido a tempo», desabafou, confessando que os Bombeiros Voluntários de Coimbra viviam «uma situação muito difícil e muito grave financeiramente e com compromissos para resolver até ao final do ano», justificando, assim, a importância da transferência dos 20 mil euros ainda em 2010.
“Campanha forte” em 2011
Também da parte da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes a decisão da autarquia de fazer a transferência do que faltava do subsídio foi considerada «fundamental» para a vida da instituição, especialmente porque esta «continua a pagar o novo quartel», como adiantou ao Diário de Coimbra o seu presidente, Joaquim Nabo.
Os responsáveis das duas instituições acabam, assim, este ano um pouco mais aliviados embora, como confessou João Silva, «a situação difícil vivida em 2010 se mantenha». «Vivemos das quotas dos associados e, este ano, a situação económica desfavorável levou a muitas desistências de sócios e faz com que seja difícil arranjar mais», afirmou, adiantando que existem também dificuldades da parte das empresas em manter os apoios que têm dado à instituição.
«Nem sequer é falta de solidariedade, as empresas também passam momentos difíceis», continuou João Silva, adiantando que em 2011 a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra vai «fazer um esforço de renovação da imagem, lançando uma campanha forte de angariação de sócios», considerados «fundamentais» para a sobrevivência da instituição.
2011 será o “ano do arranque” do novo quartel
João Silva acredita que 2011 será o ano em que os Bombeiros Voluntários «arrancarão com um projecto consistente do novo quartel» a construir no espaço do actual, na Baixa de Coimbra.
«Já iniciámos o trabalho, que é um trabalho complicado, e contamos em 2011 ter alguma coisa para mostrar à cidade», afirmou o responsável, apostado em «mostrar que é possível Coimbra ter um quartel urbano de qualidade que marcará uma nova geração de quartéis a nível nacional».
in: DC