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Sábado, 01.09.12

Fogo em Ponta Delgada encerra ligação à Boaventura

Um incêndio deflagrou esta tarde na encosta sobranceira a Ponta Delgada, onde decorre este fim-de-semana, o arraial tradicional.

O fogo está a provocar a queda de pedras para a Estrada Regional, motivo pela qual a PSP decidiu encerrar o trânsito no troço de ligação à freguesia vizinha de Boaventura.

A ligação rodoviária deverá manter-se interdita durante as próximas duas horas, até que o fogo seja declarado totalmente extinto e após decorrida a limpeza da via pública, preenchida com algumas pedras.

O alerta foi dado à Protecção Civil pouco depois das 13 horas. Segundo o comandante Artur Fernandes, dos Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz, no local estão 15 elementos apoiados por três viaturas de combate a incêndios.

Num balanço realizado às 17h30, o comandante da corporação referiu que o incêndio, que lavrou numa encosta de difícil acesso acima e abaixo da E.R., estava controlado. Terá ardido uma área de, sensivelmente, 2 mil m2.

Leia mais amanhã, na edição impressa.

Fonte: Dnotícias

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por Diário de um Bombeiro às 22:16

Sábado, 01.09.12

106 bombeiros combatem fogo em Óbidos

Um incêndio florestal deflagrou, este sábado, pelas 14.20 horas, em Olho Marinho, no concelho de Óbidos, distrito de Leiria, estando a ser combatido por 106 bombeiros, com recurso a 31 veículos.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o fogo tem três frentes ativas e foi já acionado um helicóptero bombardeiro pesado.

Este é o único incêndio de proporções significativas, embora haja registo de seis fogos em curso na página de Internet da Proteção Civil Nacional.

Fonte: JN

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por Diário de um Bombeiro às 20:42

Sábado, 01.09.12

Incêndio florestal devasta área de mato e sobreiros

Um incêndio florestal está a devastar desde o início da tarde de hoje uma área de mato e sobreiros em Vale da Vinha, concelho de Gavião, disse fonte dos bombeiros.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre adiantou à Agência Lusa que o alerta foi recebido às 12:22, e às 14:25 o incêndio lavrava com uma frente ativa, e está considerado "dominado em 70 por cento".

A mesma fonte indicou que foram mobilizados para o local 133 operacionais, a maioria bombeiros de várias corporações do distrito de Portalegre, apoiados por 34 veículos e dois helicópteros, um ligeiro e um pesado.

Fonte: DN

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por Diário de um Bombeiro às 20:36

Sábado, 01.09.12

Braga Está Cada Vez Mais Salvaguardada: 'Sapadores' Com 29 Novos Estagiários


Hugo Pires, vereador responsável pela Protecção e pela gestão dos Bombeiros Municipais, saudou ontem os 29 novos estagiários dos Sapadores Bombeiros de Braga que terminaram o curso no Porto. 

Perante duas formaturas — uma dos já profissionais e outra dos novos estagiários, Hugo Pires sublinhou o facto de esta cerimónia coincidir com o dia comemorativo do baptismo da companhia de Bombeiros Sapadores de Braga, a 31 de Agosto de 1799, então designada “Companhia da Bomba”. 

Dirigindo-se particularmente aos novos estagiários, incentivando-os, o vereador lembrou que eles estão ali por serem os melhores entre os 160 que concorreram. Também por isso Braga deposita neles confiança e esperança nos seus desempenhos profissionais. Ao Correio do Minho, Hugo Pires recordou os vários aspectos da formação dos 29, explicação que momentos antes o comandante dos Sapadores, Carlos Esteves, nos traçara. 

“Hoje eles ainda não podem intervir directamente nessas situações (reais); só vão acompanhar, ver, assistir, poder ajudar numa ou noutra coisa, mas temos uma grande esperança neles” — acrescentou o autarca. “Hoje nós sentimos essa necessidade, e com a chegada destes 29 novos bombeiros, Braga está cada vez mais salvaguardada a nível da protecção civil e as pessoas podem estar absolutamente descansadas. Porque além destes novos 29 recrutas, estamo-nos a reforçar com meios” — frisou. 

Nova viatura está a chegar 

Reforçada com os 29 novos bombeiros profissionais, ainda que estes em fase de estágio, o vereador Hugo Pires lembrou-nos ontem que os investimentos da Câmara Municipal de Braga nos Sapadores Bombeiros incluem o seu enriquecimento em meios. 

“Nós adquirimos há cerca de três meses uma nova viatura de combate a fogos; estamos também a investir no equipamento de protecção pessoal e daqui a cerca de mês e meio teremos um novo carro de combate a fogos” — revelou o autarca. 

Antes da intervenção do vereador, o comandante dos Bombeiros Municipais, Carlos Esteves, narrou a história da corporação desde a sua criação no século XVIII. Com idades entre os 21 e os 25 anos de idade e militares até aos 32 anos que lhes são permitidos, o novo reforço com os que terminaram o curso no Batalhão de Sapadores do Porto constitui uma “mais valia”. 

Durante a manhã, fizeram lim-peza e manutenção das viaturas, bem como exerxcícios práticos, com a tarde a preencher-se com a formação em sala.

Fonte: Correio do Minho

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por Diário de um Bombeiro às 20:29

Sábado, 01.09.12

Há um desaparecido no Rio Mondego

Um indivíduo terá caído ao Rio Mondego, em Coimbra.

O alerta foi dado pelas 16:20, segundo fonte dos bombeiros.

As autoridades procedem, neste momento, a buscas junto ao Parque Verde, em Coimbra. 

No local, está um barco com quatro mergulhadores, um carro de mergulho e outra viatura de apoio com mais quatro elementos.

Fonte: TVI24

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por Diário de um Bombeiro às 20:18

Sábado, 01.09.12

Despite em corrida de motos faz vários feridos

Pelo menos quatro espetadores ficaram feridos este sábado, quando um dos motociclistas que competia numa prova num circuito urbano em Valpaços se despistou.

Segundo uma fonte da GNR, contactada pela agência Lusa, as ambulâncias dos Bombeiros Voluntários de Valpaços e do INEM tiveram que transportar quatro feridos para o hospital de Mirandela, sendo que dois deles inspiravam mais cuidados.

O acidente ocorreu cerca das 16:00 horas, quando um dos concorrentes da prova não conseguiu fazer uma curva, despistando-se contra a assistência. A corrida foi interrompida e já não se realizou mais nenhuma das provas programadas para esta tarde.

Fonte: TVI24

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por Diário de um Bombeiro às 20:17

Sábado, 01.09.12

Incêndio obriga a evacuar casas

Há também uma estrada cortada em Vidais, Caldas da Rainha

Duas habitações foram evacuadas e uma estrada cortada devido a um incêndio florestal na freguesia de Vidais, concelho das Caldas da Rainha, que está a ser combatido por mais de uma centena de bombeiros, informou a GNR.

«Duas casas, habitadas por idosos, foram evacuadas por precaução e o trânsito foi cortado, nos dois sentidos, na estrada nacional 314 (que liga Vidais a Caldas da Rainha), junto à localidade de Alvorninha», disse à Lusa Ana Vaz, comandante da GNR das Caldas da Rainha.

O incêndio que deflagrou às 13:30, numa zona de mato, «chegou a ser considerado controlado, mas uma alteração da direção do vento piorou a situação e obrigou à tomada de medidas de precaução», acrescentou a mesma responsável.

De acordo com dados da proteção civil o fogo está a ser combatido por 110 bombeiros apoiados por 27 veículos operacionais.

Fonte: TVI24

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por Diário de um Bombeiro às 19:40

Sábado, 01.09.12

Acidente: Despiste de camião na A1

Um acidente ocorrido este sábado à tarde na autoestrada do Norte (A1) provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutra, na zona de Santa Iria, disse à agência Lusa fonte da GNR. 

O acidente ocorreu cerca das 15:30 no sentido Norte-Sul, ao quilómetro 9,6, próximo de Santa Iria, na sequência do despiste de um veículo ligeiro de passageiros. 

Sabe-se que uma das vítimas é uma mulher, não havendo ainda mais informação obre a identidade ou género da outra pessoa ferida. 

O trânsito esteve condicionado à faixa esquerda, uma vez que houve necessidade de encerrar a circulação nas vias central e direita, mas já está totalmente reaberta, segundo a mesma fonte. 

«A cauda da fila chegou às portagens de Alverca, cerca de dois quilómetros, mas a tendência é para aliviar, neste momento» declarou a fonte do Comando-Geral 
da Guarda Nacional Republicana.

Fonte: TVI24

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por Diário de um Bombeiro às 17:47

Sábado, 01.09.12

Carro cai de ribanceira e mata jovem que fazia hoje anos

Um jovem de 24 anos morreu este sábado, vítima de um despiste, em Cruzes, nas Caldas da Rainha, do qual resultaram ferimentos graves em mais dois jovens, de 20 e 22 anos, informou fonte da GNR.

O acidente ocorreu «entre as 11:30 e as 12:00, na rua das Ladeiras, próximo de Cruzes, onde a viatura ligeira se despistou, embateu num obstáculo e caiu por uma ribanceira», disse à Lusa Ana Vaz, comandante da GNR das Caldas da Rainha.

Dos três jovens que viajavam no ligeiro, um deles, que hoje completava 24 anos, «teve morte imediata», tendo os outros dois sido transportados para o hospital das Caldas da Rainha, «em estado muito grave», afirmou fonte dos bombeiros.

No local estiveram bombeiros das corporações das Caldas da Rainha, Óbidos e Benedita, com três ambulâncias, a VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) do Centro Hospitalar Oeste Norte e elementos da GNR, entre os quais militares do Núcleo de Investigação de Acidentes de Viação do Destacamento de Trânsito de Leiria.

Fonte: TVI24

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por Diário de um Bombeiro às 17:45

Sábado, 01.09.12

Instituto de Meteorologia - Avisos Continente


Setúbal

AmareloTempo QuentePersistencia de valores elevados da temperatura maxima
Válido entre 2012-09-01 06:00:00 e 2012-09-03 21:59:59 (hora UTC)

Lisboa

AmareloTempo QuentePersistencia de valores elevados da temperatura maxima
Válido entre 2012-09-01 06:00:00 e 2012-09-03 21:59:59 (hora UTC)

Leiria

AmareloTempo QuentePersistencia de valores elevados da temperatura maxima
Válido entre 2012-09-01 06:00:00 e 2012-09-03 21:59:59 (hora UTC)

Este email não dispensa a consulta da informação publicada no sítio de internet do Instituto de Meteorologia, I.P..
Mais informação sobre os avisos no portal do Instituto de Meteorologia

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por Diário de um Bombeiro às 16:35

Sábado, 01.09.12

Cancelado alerta de tsunami para América central

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico cancelou o alerta de tsunami emitido para a América central, em consequência de um sismo de magnitude 7,4 ao largo de El Salvador.

O Centro norte-americano indicou que foi registado um tsunami de apenas 9,1 centímetros em Acajutla, em El Salvador, uma hora depois do sismo.

O tremor de terra ocorreu às 5h35 (hora de Lisboa) no Oceano Pacífico, com epicentro a 111 quilómetros a sul da cidade de Puerto El Triunfo, em El Salvador, e a 54 quilómetros de profundidade, tendo sido emitido um alerta de tsunami para as costas da Nicarágua, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Guatemala, Panamá e México.

Fonte: TSF

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por Diário de um Bombeiro às 16:31

Sábado, 01.09.12

.. ATENÇÃO E CUIDADO ...


A Famosa Regra dos 30 !!!!
- Ventos de Leste ... Superiores a 30 Km/h
- Temperaturas Médias acima dos 30ºC
- Humidade Relativa Abaixo dos 30%


Este Fim-de-Semana as Condições Meteorológicas são propicias à Propagação de Incêndios Florestais.
Mantenham presentes as Regras de Segurança nos TO.

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por Diário de um Bombeiro às 13:17

Sábado, 01.09.12

Risco de Incêndio para 01SET2012


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por Diário de um Bombeiro às 13:06

Sábado, 01.09.12

Incêndios florestais, a cara amarga do verão

Artigo de Rosa Planelles, professora de Defesa da Floresta na Escuela Técnica Superior de Ingenieros de Montes da Universidad Politécnica de Madrid, sobre os incêndios que assolam a floresta espanhola.

24.07.12 Por ROSA PLANELLES.

Todos parecemos treinadores de futebol

Opinamos sobre os alinhamentos da nossa equipa nos jogos, as posições ocupadas pelos jogadores, as mudanças ou os momentos mais oportunos para fazê-las. Quando a equipa ganha, todos ganhamos mas quando perde, a culpa é do treinador… Quando ocorre um grande incêndio florestal a situação parece-me semelhante.


Parece que todos sabemos o que ocorreu ou o que deveria ter acontecido; ouvem-se frases como “houve falta de coordenação”, “não havia meios suficientes”, “os meios chegaram tarde”, “ardem os pinheiros”, “queima-se para edificar”, “o monte não estava limpo”, “falta de orçamento”… Opinamos, valorizamos, julgamos…excepto que, diante dos possíveis resultados no terreno futebolístico, no campo florestal nunca há vitórias, os incêndios são sempre batalhas perdidas. Uma vez iniciado um incêndio florestal, por ma´s rápido que se actue, por muito bem que se trabalhe, sempre há perdas (nas estatísticas não aparecem as vidas protegidas, as habitações defendidas ou os hectares que se conseguiram salvar).

O facto de acreditarmos de que todos podemos opinar sobre estes temas está em parte influenciado pelos meios de comunicação que dirigem os nossos pensamentos e opinião que aportam certos dados que cremos que nos habilitam para opinar como veemência como se soubéssemos do que estamos a falar, como se fosse fácil dar soluções a problemas tão complexos, para os quais existem muitas pessoas, profissionais de várias áreas, a trabalhar desde há muito tempo, esforçando-se por continuar a melhorar nas suas respectivas responsabilidades, arriscando inclusive as suas vidas quando trabalham na frente de chamas.

Obviamente, em ambas situações há uma (entre muitas outras) diferença fundamental. O futebol, apesar de que para muitos é um trabalho e a sua fonte de receitas, para a maioria é um entretenimento, uma via de escape, ócio e de gozo em definitivo, enquanto que os incêndios, os grandes incêndios em especial (definidos como aqueles que afectam superfícies maiores a 500 hectares; em Portugal superior a 100 hectares), são uma tragédia que ainda que nos toque a todos da mesma forma, queiramos ou não, afecta-nos a todos. Assim, constata-se que quando se fazem inquéritos sobre quais sãos os principais problemas ambientais que afectam o nosso território: a maioria dos espanhóis identifica os incêndios como um dos mais importantes (Relatório Greenpeace, 2008).

Os devastadores efeitos das chamas

Porquê? Quais são os efeitos que provocam os grandes incêndios? A resposta estará ligada à escala a que decidimos avaliar esses efeitos, uma escala tanto espacial como temporal: não são comparáveis os efeitos de incêndios de poucas dezenas de hectares numa área protegida, com incêndios de milhares de hectares, ou incêndios recorrentes numa vegetação que não teve tempo de recuperar. A casuística é muito variada, de tal forma que, simplificando muito, os incêndios florestais produzem efeitos sobre as pessoas, directos (dezenas de mortos e feridos) e indirectos, assim como enormes perdas económicas imediatas (para os proprietários de bens afectados, sejam particulares ou a Administração pública) por perda de muitos produtos (madeira, frutos, caça, cortiça, cogumelos, resina, caruma e etc.). Também danos ambientais “intangíveis”: redução da qualidade do ar, emissão do CO2 e contribuição para o efeito estufa, perda de controlo e defesa contra enxurradas e secas (aumento da erosão), degradação da paisagem (muito relacionado com o ócio e o recreio), etc., além do grande alarme social (lamentavelmente na maioria dos casos, transitório).

Se os efeitos são tantos e tão importantes como poderíamos antecipar-nos e prever os incêndios florestais? Para esclarecer esta questão devíamos responder antes a outra questão: o que é necessário para que ocorra um incêndio florestal?

Os elementos imprescindíveis para que ocorra um incêndio florestal podem ser representados graficamente com um triângulo cujos lados são: combustível, oxigénio e fonte de calor. O combustível, matéria vegetal, está disponível no nosso território cada vez mais em maior proporção devido a causas estruturais (fundamentalmente pelo abandono das práticas tradicionais na floresta associada ao despovoamento de grandes áreas). O oxigénio está sempre presente. Estudando o terceiro lado, a fonte de energia, entra a investigação de causas dos incêndios, já que na presença de oxigénio e do combustível disponível para arder é necessária alguma fonte de calor para iniciar a combustão.

Um fenómeno difícil de eliminar

Segundo mostram as estatísticas que aportam ao Ministério de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha, em todas as Comunidades Autónomas (que são as Administrações competentes nesta matéria), mais de 95% dos incêndios originam-se por causas antrópicas, causas que se classificam em intencionais ou por negligência e acidentes. Logo, é às pessoas a quem há que dirigir os esforços de informação, consciencialização e conciliação, sem esquecer a sanção (administrativa ou por via penal) como ferramentas preventivas. Conhecendo em detalhe os problemas de cada zona e de cada comunidade em concreto, trabalhando continuamente pode-se fazer muito para avançar na prevenção.

Assim evitaremos incêndios? Não. Os incêndios estão longe de ser um fenómeno que possamos eliminar. Vivemos num ambiente mediterrânico, desde sempre conviveu-se com o fogo e assim se seguirá , pois o fogo tem ajudado a modelar a paisagem e as espécies que habitam na nossa floresta e é uma ferramenta que podemos e devemos de seguir usando ordenadamente, incorporando os conhecimentos técnicos e científicos que fazem do fogo uma técnica de gestão de combustível para dirigir essa gestão de forma adequada, para que quando se produzam situações meteorológicas adversas (a conhecida Regra do 30: mais de 30 ºC de temperatura, humidade relativa inferior a 30%, velocidade do vento superior a 30 km/h e mais de 30 dias sem chuva ou de seca acumulada) possa-se reduzir o risco de ocorrência de um grande incêndio florestal.

Incido nos grandes incêndios florestais. Escrevo sobre eles neste mês de julho, época estival, a de maior risco em quase toda a Espanha, mas devemos abrir o foco de visão: incêndios florestais há no nosso país durante todo o ano. A intervenção rápida dos meios de extinção existentes faz com que mais de 70% dos quase 15 000 incêndios que se contabilizam anualmente como valor médio na última década fiquem no que se considerou conveniente chamar de fogacho, isto é, incêndios menores de 1 ha. Cerca de 25 a 30 incêndios convertem-se anualmente em grandes incêndios. A problemática desta situação vê-se agravada quando estes grandes incêndios afectam zonas de interface urbano-florestal, isto é, zonas de vegetação misturadas com habitações ou aglomerados rurais, em íntimo contacto, situação cada vez mais habitual e de grande complexidade no seu tratamento.

Falar de incêndios florestais como um fenómeno isolado que precisa de tratamento em si mesmo, que o é, seria focar o tema de modo parcial. Na minha opinião, deve-se demarcar a defesa da floresta contra incêndios na planificação territorial e, mais concretamente, na gestão florestal. Um adequado conceito de gestão florestal integral seguindo os princípios de multifuncionalidade do monte, ligada estreitamente à conservação da biodiversidade permitirá planificar a gestão do combustível com uma ampla perspectiva: gestão da biomassa para a produção de energia renovável, prática de silvopastorícia, tratamento silvícolas, aproveitamento sustentável de madeira e outros produtos, todas estas actividades são geradoras de emprego e portanto, capazes de fixar a população no meio rural.

Consenso entre técnicos e investigadores

Particularmente penso que se está a avançar muito neste tema, que existe bastante consenso entre os técnicos e os investigadores inclusive a nível internacional, mas que falha. Em primeiro lugar, a conexão destes profissionais com a politica, caracterizada por uma visão geral de curto prazo que busca o imediato nas medidas para um retorno instantâneo. Ambos ritmos (o politico e o natural) não encaixam: a floresta necessita de tempo para instalar-se, desenvolver-se e garantir a sua persistência. A planificação da gestão (e com ela os respectivos orçamentos) deve consolidar as linhas iniciadas, mantendo-as junto com os recursos necessários, para além do símbolo politico governante ou do prazo de quatro anos que dura a legislatura.

O outro aspecto claramente melhorável é a comunicação dos profissionais implicados na defesa contra os incêndios florestais com o conjunto da sociedade. Transmitir adequadamente o que se está a fazer, tratando de informar com veracidade e rigor, aproximando esta realidade a todos que como disse, estamos implicados neste tema, é parte essencial da solução do problema.

A todos os níveis, entre os que entendo que a Universidade tem um importante papel, como responsável da formação dos futuros técnicos que serão os próximos gestores territoriais, investigadores, professores…que deverão continuar com o trabalho iniciado, incorporando os avanços que se vão produzindo num cenário geral de mudança climática que previsivelmente favorecerá a ocorrência de incêndios florestais no âmbito territorial mediterrânico. Neste sentido, eu com estas linhas apenas pretendi dar umas pinceladas sobre certos aspectos gerais deste complexo mundo ao redor dos incêndios florestais.


ARTIGO ORIGINAL


Traduzido por: Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

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por Diário de um Bombeiro às 13:01

Sábado, 01.09.12

Sete distritos com concelhos em risco "máximo" de incêndio

Sete distritos de Portugal continental apresentam hoje concelhos com risco "máximo" de incêndio, o mais grave de uma escala de cinco, informa o Instituto de Meteorologia (IM).

Na sua página na Internet, o IM informa que Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Santarém e Faro são os distritos com vários concelhos em risco "máximo" de incêndio.

O risco de incêndio, determinado pelo IM, engloba cinco níveis, variando entre "reduzido" e "máximo".

O cálculo é feito com base nos valores, observados às 13:00, da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.

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por Diário de um Bombeiro às 13:00

Sábado, 01.09.12

A luta contra os incêndios florestais: uma verdade inconveniente?

Seguidamente, colocamos aqui um artigo de Marc Palahí Lozano, publicado no site do European Forest Institute, o qual teve-se o cuidado de traduzir para português, na esperança de não lhe retirar qualquer sentido técnico e de poder alcançar o máximo de interessados que se preocupam pela defesa da floresta contra incêndios. Em curtas linhas e com elevada clareza, o artigo chama a atenção para questões tão importantes como os custos do combate, a problemática da gestão florestal, o paradoxo do fogo, a educação da sociedade na prevenção e a importância de um jornalismo mais informado e apoiado tecnicamente para divulgar e comentar um incêndio florestal (se é possível e necessário em jogos de futebol quanto mais em incêndios florestais, onde ano após ano, combatentes arriscam a vida para salvar um património de todos e onde famílias vêem os seus bens a serem destruídos pelas chamas).



Foto: Bombers, Generalitat de Catalunya.
Estima-se que a França, Grécia, Itália, Espanha e Portugal gastam um total de 2.500 milhões de euros anuais no combate aos incêndios florestais. Desse montante, mais de 60% são destinados para cobrir os custos relacionados com a supressão dos incêndios, enquanto que apenas 40% é investido em atividades direcionadas para a prevenção (muitas das quais estão também relacionadas com atividades para o combate aos incêndios: a criação de pontos de água; aceiros; etc.). Pouco resta para a gestão dos combustíveis florestais (considerando que a floresta cobre cerca de 30% do território nesses países) o que implicaria, a longo prazo, medidas preventivas que abordam a raiz do problema (a falta de gestão para reduzir a quantidade de biomassa, devido à baixa rentabilidade).
Este ano vimos que no combate aos incêndios, só se pode gerir uma pequena parte da intensidade potencial de um incêndio florestal quando é impulsionado pelas condições meteorológicas extremas e se propaga para uma área com uma elevada percentagem de combustíveis inflamáveis (florestas).


Sendo assim, as políticas para a extinção de incêndios que não se combinam com a gestão da vegetação para reduzir os combustíveis e criar manchas de interrupção de combustível, apenas servem, a médio prazo, para aumentar o risco de Grandes Incêndios Florestais (e catastróficos) (que são responsáveis por 80% das superfícies queimadas, enquanto que apenas 2% constituem incêndios florestais), tais como os que ocorreram este ano em Espanha. Isto é conhecido como o paradoxo do fogo, e foi exemplificado anteriormente na Catalunha após o período de 1986-1993, que foi seguido pelos grandes incêndios de 1994 e 1998, na Galiza após 1994-2005 e na Grécia após 2001-2006.

O que é surpreendente é que, atualmente, tanto a comunidade científica e a sociedade em geral concordam que a longo prazo, a prevenção e educação (e comunicação) devem ser os principais métodos para a resolução do problema dos incêndios florestais (um estudo internacional recente revelou que 80% dos catalães considera que a prevenção e a educação deve ser fundamental para uma política eficiente na luta contra aos incêndios florestais). No entanto, esta opinião generalizada sobre a importância da prevenção versus supressão não se reflete na maioria das políticas adotadas nos países mediterrânicos, enquanto testemunhamos na mídia que o debate foca a falta de meios aéreos e a falta da coordenação dos combatentes.

ARTIGO ORIGINAL

Traduzido por: Emanuel de Oliveira
SMPC/GTF de Vª Nª de Cerveira

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por Diário de um Bombeiro às 13:00

Sábado, 01.09.12

Incêndios: Mais de 400 bombeiros combatem chamas em Coimbra e Viseu


Mais de 400 bombeiros combatem hoje os incêndios que lavram há várias horas em Pampilhosa da Serra (Coimbra) e em Sernancelhe (Viseu), informa o portal da Autoridade Nacional da Proteção Civil.

Ativo há mais de 12 horas, o fogo em Sarzeda, concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu, mantém duas frentes ativas em mato, que estão a ser combatidas por 296 operacionais, incluindo 277 bombeiros, auxiliados por 62 viaturas.

O vento forte e os maus acessos estão a dificultar as operações, adiantou à agência Lusa o segundo comandante distrital de operações de socorro de Viseu, Henrique Pereira.

Fonte: Expresso

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por Diário de um Bombeiro às 03:49

Sábado, 01.09.12

Fogo em Pampilhosa da Serra combatido por 205 bombeiros

Um incêndio florestal deflagrou ao início desta noite no concelho de Pampilhosa da Serra e está a ser combatido por 205 bombeiros, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.

A fonte do CDOS disse à agência Lusa que o fogo eclodiu cerca das 20h00, junto à povoação de Soeirinho, mas às 22h30 não havia populações em perigo.

As chamas estão a consumir "um povoamento florestal misto, de mato e pinhal", acrescentou.

Fonte: CM

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por Diário de um Bombeiro às 00:32

Sábado, 01.09.12

Rede de Emergência Médica Reestruturada na Região


A partir do dia 1 de Outubro entra em funcionamento a reestruturação da rede de emergência médica na região.Além da saída do helicóptero do INEM estacionado em Macedo de Cavaleiros, fecha também a ambulância de Suporte Básico de Vida (SBV), estacionada no centro de saúde Miranda do Douro. Em compensação abre em Macedo de Cavaleiros uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV). 


O mesmo vai acontecer em Mogadouro.Para mais tarde fica o encerramento da SBV de Torre de Moncorvo e simultânea abertura de uma SIV em Vila Nova de Foz Côa.Esta reestruturação, que já sido avançada pela Brigantia, foi dada hoje a conhecer pelo delegado regional do Norte do INEM ao presidente da câmara de Torre de Moncorvo que vai perder mais um serviço no seu concelho. 


Aires Ferreira é cauteloso nas reacções.“Ainda não discutimos o assunto em reunião de câmara e por isso, antes de reagir, preferia debater o assunto com os membros do executivo”, afirma o autarca, salientando que o meio “é importante mas temos alternativa porque há um Posto de Emergência Médica nos bombeiros”. Hoje foi também entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela uma providência cautelar apresentada pelos 12 autarcas do distrito para tentar travar a saída do helicóptero do INEM. 


O autarca de Moncorvo, que lidera a contestação, considera que a colocação deste meio em Vila Real pode pôr em causa o socorro à população transmontana. “A região Norte é muito grande em área pois vai desde Valença do Minho até Freixo de Espada à Cinta e haver apenas uma unidade aérea para socorro médico parece-nos claramente insuficiente”, afirma Aires Ferreira. 


Neste acto de entrega da providência cautelar estiveram presentes representantes de todas as autarquias do distrito, à excepção de Miranda do Douro por motivos de agenda.

Fonte: Brigantia

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por Diário de um Bombeiro às 00:29

Sábado, 01.09.12

Bombeiros de Ovar Alertam Para Perigo de Incêndio Florestal


Os Bombeiros Voluntários de Ovar estão a alertar para o risco de incêndios florestais para os próximos sete dias (das 8h00 do dia 31 agosto até às 20h00 do dia 6 de setembro), devido ao aumento da temperatura e à diminuição da humidade. 


“Está ativado o alerta amarelo para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais para todos os distritos de Portugal Continental”, informaram em comunicado, enviado à nossa redação, indicando que “se prevê para o período acima descrito uma diminuição da humidade relativa do ar para valores abaixo dos 20%, associada a vento de nordeste moderado a forte com intensidades que podem ser da ordem dos 40Kms/h e subida dos valores de temperatura máxima superiores a 30ºC”. 


De acordo com a instituição, haverá um “aumento dos valores dos índices de perigosidade de ocorrência de incêndios florestais, bem como das ocorrências relacionadas”, sendo, por isso “de esperar dificuldades de supressão e elevada propagação de incêndios, caso ocorram”, referem, pedindo e relembrando que não é permitido, de acordo com as disposições legais em vigor, realizar queimadas, nem de fogueiras para recreio ou lazer, ou para confeção de alimentos; utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos; queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração; lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes; fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem; ou fumigar ou desinfestação apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas. 


Para além das adoção das medidas necessárias de prevenção e preocupação, os bombeiros ovarenses recomendam que se tome especial atenção à evolução do perigo de incêndio para os próximos dias, disponível junto dos sítios da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil e do Instituto de Meteorologia, junto dos gabinetes técnicos florestais das câmaras municipais e dos corpos de bombeiros. 
Fonte: Praça Pública Online

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por Diário de um Bombeiro às 00:11


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